Remo Nacional
Apesar de poucas, vitórias dão esperanças ao Brasil
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Criado em Segunda, 29 Abril 2013 17:53
Há luz no fim da raia. Mesmo com menos medalhas de ouro do que o esperado, a participação do Brasil no Sul-Americano este fim de semana, no Rio de Janeiro, mostrou que o país tem remadores com potencial para evoluir até 2016, e além. Duas das cinco vitórias brasileiras na futura raia olímpica da Lagoa Rodrigo de Freitas foram conquistadas por atletas com idade entre 16 e 18 anos.
Guilherme Gomes e Uncas Tales conquistaram o ouro no Double Skiff JúniorO desfalque de Fabiana Beltrame, que não disputou as três provas previstas devido a uma contratura muscular durante os treinos da última semana, contribuiu para o resultado geral. A única medalha de ouro no domingo veio graças a Uncas Tales Batista e Guilherme Gomes, no
Double Skiff Jr.. Remadores do Botafogo, os dois ganharam também a prata no
Four Skiff Júnior, com o companheiro de clube Daivid Farias e Saulu Oliveira, do Flamengo, no sábado. Aos 16 anos, Uncas levou ainda mais uma prata para casa, no
Single Skiff Júnior, superado apenas pelo argentino Axel Haack, vencedor da prova no último Sul-Americano – em quem daria o troco no dia seguinte, no Double.
Campeã ano passado, no Chile, ao lado da alvinegra Camila Serrão, a atleta do Flamengo Beatriz Cardoso repetiu a dose no Rio no
Double Skiff Júnior feminino, desta vez acompanhada de Vitória Blanes, do Paulistano. A carioca, de 17 anos, ganhou a prata no Single Skiff Júnior, atrás da chilena Natália Rojas, que foi à forra da derrota em casa em 2012, quando Beatriz trouxe o ouro. Ela ainda participou do Four Skiff Sênior que perdeu o duelo com as argentinas, junto com Bianca Miarka, Camila Serrão e Yanka Brito, substituta de Fabiana Beltrame em cima da hora.
Aos 31 anos, mesma idade da rubro-negra Fabiana, Bianka Miarka, do Botafogo, conquistou o ouro no
Single Skiff feminino, superando a argentina Maria Gabriela Best, que saiu do Rio com quatro medalhas: três de ouro e uma de prata. A brasileira foi segundo no Double Skiff, ao lado de Camila Serrão, de 18 anos.
Ailson Eráclito, do Botafogo, também participou de três provas e adicionou um ouro e duas pratas à sua coleção – que inclui duas medalhas em Mundiais na categoria Sub-23: um bronze no mundial na Bielorrúsia, em 2010, e uma prata na República Tcheca, em 2009. Aos 25 anos, ele ganhou o primeiro ouro do Brasil no Sul-Americano, no
Single Skiff Peso Leve, e foi prata no
Double Skiff PL, com Diego Donizette, seu companheiro de clube, e no
Four Skiff PL, com Diego, o também alvinegro Marciel Moraes e Thiago Carvalho, do Flamengo.
O quinto ouro brasileiro foi de Luciano Luna de Oliveira, que venceu o
Single Skiff AS, a primeira prova paralímpica incluída no Campeonato Sul-Americano. Ouro na Copa do Mundo de Belgrado, em 2012, Luciano foi sexto na mesma prova nas Paralimpíadas de Londres. Bárbara Murad, do Botafogo, venceu a prova extra do
Single Skiff AS Feminino, contra Mariana Varela, do Atlantis, da Argentina.
Ao final de dois dias de competição, a Argentina confirmou o favoritismo e venceu 15 das 25 provas do programa, com Brasil e Chile dividindo as restantes. Os brasileiros ficaram com o vice-campeonato, com 12 segundos lugares, contra quatro dos chilenos.
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