Remo Estadual
Projeto Remar para o Futuro: O trabalho de base de olho no futuro com resultados no presente
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Criado em Segunda, 26 Dezembro 2022 14:09
O Projeto Remar para o Futuro, desenvolvido em parceria entre a Academia de Remo Tissot e Prefeitura Munipal de Pelotas, trás consigo, não só o desejo de ampliar a base de jovens talentos do remo brasileiro, mas também levanta a bandeira da modalidade em cidades no interior do Brasil. Elaborado por Oguener Tissot, esta iniciativa já mostra resultados importantes dentro do cenário do remo nacional e já se tornou uma realidade que está em sua terceira geração de atletas.
"Vamos para as escolas duas vezes no ano. Desenvolvemos um trabalho que leva em consideração o biotipo e a genética dos alunos das escolas da rede municipal de Pelotas. Fazemos palestras, levamos barcos e remergometros e explicamos o que é o remo e o que vamos desenvolver. Este projeto vai além de apenas ensinar a remar. O Aluno tem que se engajar com a modalidade, amar o esporte, trazer a rotina do remo para o dia-a-dia do atleta e envolver a família de cada um deles nesse processo é fundamental. Um desafio que vale muito a pena", explica Oguener Tissot responsável e idealizador do Projeto Remar para o Futuro.
"Ensinar Remo não é suficiente": Com esta frase contundente, Oguener explica como o processo de captação de atletas começa e como é projetado para as gerações futuras. "Nossas aulas vão além da técnica do remo e do remergometro. Queremos os nossos atletas entendendo que são representantes da modadlidade, do remo de Pelotas e que eles levam consigo mais que apenas as remadas aprendidas. Temos um protocolo para seleção dos estudantes.", explica Oguener.
• Veja também: A entrevista de Oguener Tissot no RemoTalks! »
Em sua terceira gereção de remadores, o Projeto Remar para o Futuro ensina aos seus atletas conceitos de educação esportiva e
fairplay. Os estudantes vem da rede municiapl de educação entre 13 e 14 anos de idade . O Projeto abre 30 vagas anuais, 15 a cada semestre. "O Fato que começamos com um grupo de alunos, facilita a logística de trabalho. Caso tenhamos desistência em um semestre, salvamos essas vagas para o próximo processo seletivo. Assim o grupo é desenvolvido como um todo", afirma Tissot.
Assim como a Academia de Remo Tissot, o Projeto Remar para o Futuro, é desenvolvido dentro de Centro Português, clube da cidade de Pelotas que até então, não tinha começado na modalidade. Levantando a bandeira do esporte no interior do Rio Grande do Sul e do Brasil, Oguener afirma que apesar das dificuldades extras de deslocamento e logística para ir as competições, um trabalho de qualidade é possível e o sucesso do projeto são os bons resultados que seus atletas vem conquistando em competições estaduais, nacionais e internacionais quando estão usando a camisa da seleção brasileira.
" Os atletas descobertos no Projeto Remar para o Futuro constituem, hoje, 70% da seleção brasileira nas categorias de base. Somos campeões brasileros no quatro sem timoneiro júnior feminino (4-F) e estamos invctos até então. Fomos para o Sul Americano e representamos o Brasil no último mundial Júnior e Sub23. Tudo feito quase sem recurso nenhum, com barcos antigos mas bem regulados, nossos remergometros não são os mais novos mas funcionam e são bem tratados, a nossa academia tem aparelhos básicos de musculação. Não fazemos milagres, mas queremos fazer um trabalho que fale por si e mostre eficácia", afirma Tissot.
"Não precisa de material de ponta para formar atleta. O que se precisa é envolver e conectar a comunidade. Vontate e dedicação", conclui o treinador do Remar para o Futuro. Os atletas seguem treinando em Pelotas até os seus 18 anos, quando passam para a categoria sub23, são selecionados pelo Flamengo para integrar a equipe rubro negra e se mudam para o Rio de Janeiro. O Projeto Remar para o Futuro não é clube, por tanto, a parceria com essas entidades de remo é fundamental para que os remadores possam competir e buscar seus resultados, se destacando no cenário nacional.
Projetos e Parcerias: A parceria com o Flamengo começou em 2019 e vem apresentando bons frutos, já que o clube da Gávea da continuidade aos treinamentos dos atletas quando estes passam para a categoria sub 23. Ainda assim, Oguener ressalta que durante as férias de final de ano, os remadores voltam para Pelotas para ficar junto de suas famiíias e treinam no Centro Português e destaca que este processo é importante pois as primeiras gerações do Remar para o Futuro fazem palestras para os integrantes mais novos e essa troca, faz o processo de denvolvimento dos atletas mais rico e vai muito além de remadas, corridas e musculação.
Muito antes da parceria com o Flamengo começar, o Projeto Remar para o Futuro já se conectava com outras entidades, como destaca Oguener Tissot, a matéria de Remo é desenvolvida pela Faculdade Federal de Pelotas (UFPEL) que apoia o projeto. O Professor Doutor em Educação Física Fabrício Boscolo Del Vecchio da UFPEL se tornou um dos principais parceiros do Remar para o Futuro. Além de fisioterapeutas, odontologistas e médicos que oferecem trabalho voluntário, 100% gratuito, para cuidar da saúde dos atletas.
Seguindo com remadas fortes, o Projeto Remar para o Futuro começou em 2015 e mostra que apesar das dificuldades , os resultados vem com um bom planejamento e trabalhando a rede social do projeto, dos alunos , conectando as famílias dos mesmos e buscando parcerias para o desenvolvimento da modalidade no interior no Brasil. Afinal, o Remo Brasileiro começou em Pelotas no final do século dezenove, em 1874 com o Clube de Regatas Pelotense.
O Projeto Remar para o Fututo , resgata a história do remo no interior do Rio Grande do Sul, contruindo uma base forte para o desenvolvimento da modalidade e obtém resultados no presente. Mostrando que o projeto é uma realidade sustentável e serve de modelo para outras cidades e clubes que queiram fomentar o remo com qualidade, visando o alto rendimento e bons resultados em competições nacionais e internacionais.