FEPAR: Associação de Remo Guajará, Um amor de pai para filho
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Criado em Sexta, 12 Julho 2024 12:03
Em uma ação em conjunto com 12 remadores de todos os clubes do Pará, a Associação de Remo Guajará foi fundada em 2007 para centralizar esforços no remo. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no início, em 2015 a entidade conseguiu sede própria e se filiou à federação de remo do estado, a Fepar.
" A Guajará veio da necessidade que todos os atletas masters sentiram em focalizar os esforços no remo. Os clubes centenários do Pará centralizam sua atenção no Futebol e nós achamos que isso não era o correto. Sempre que um barco precisava consertar, a gente tinha que cotizar o dinheiro, aí pensamos: podemos fazer isso em um clube nosso", afirma Guilherme Hugo da Costa Araujo, presidente da associação.
Hugo não estava sozinho, o vice-presidente da associação é o seu pai, Raimundo Nonato da Silva. A irmã do presidente também rema e ajuda na Guajará, Beatriz Araujo. "Aqui somos todos apaixonados pelo remo", diz com orgulho o dirigente.
Com a sede do clube e o espaço para guardar os barcos sendo uma realidade a partir de 2015, a Guajará decolou do papel e se tornou uma realidade no remo paraense. Focados, a princípio, no remo Master, a instituição abriu as portas para os seus membros e para novos adeptos do esporte. Existem turmas que descobriram o remo mais tarde e encontraram na associação um espaço para aprender.
Além de participar do campeonato paraense, em 2016 a nova associação conquistou o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro Master, já mostrando os bons frutos da garagem e dos treinamentos. Foi nesse ano também que o projeto" Gujará Social" foi iniciado. "Começamos um projeto de escolinha para jovens entre 12 e 16 anos aqui no Pará. Fomos o clube que mais formou atletas nos últimos anos. Muitos dos remadores da categoria júnior do estado começaram aqui, mesmo que hoje estejam em outros clubes", explica Hugo.
A Guajará também já colocou sua marca na Copa Norte Nordeste de remo, competição regional super tradicional no calendário da modalidade, ganhando provas da categoria júnior nas edições de 2017 e 2019 e também conquistando uma medalha de bronze no Brasileiro de Interclubes em 2019. Mas Hugo, sonha com mais. "Queremos um dia ser o campeão geral no estadual do Pará, para isso os remadores formados no clube precisariam permanecer aqui", explica.
Para o presidente, o grande problema que a Associação enfrenta hoje é a evasão de atletas júnior, mas ainda assim a Guajará ganhou os campeonatos estaduais da categoria em 2017 e 2021. Hoje, a instituição conta com 60 remadores Master e 40 atletas entre 12 e 17 anos, a maioria ainda na escolinha. Além do Projeto Guajará Social, o espaço da sede da entidade abriga um grupo de escoteiros.
O Grupo Escoteiro do Mar Rio Guamá desenvolve suas atividades no local oferecido pela Guajará em sua sede. "O nosso espaço é muito bom e decidimos que poderíamos ajudar. Alguns dos escoteiros ingressam no nosso projeto social de escolinha. Já tivemos alguns atletas que saíram dessa parceria", afirma Hugo.
Mesmo com as dificuldades enfrentadas, o grupo da Associação Guajará faz planos para superar os problemas e afirma que vão retomar com força total o Projeto Guajará Social, sem esquecer dos remadores masters que integram a equipe do clube. A entidade busca por parcerias no estado para poder fortalecer a estrutura do clube e pode investir na formação de atletas.
"Nossa maior vitória é a formação de atletas. Somos quem mais formou remadores no estado nos últimos quatro anos e fomos também terceiro lugar geral no último campeonato brasileiro de Master, competindo apenas com remadores que treinam no clube", afirma Hugo.
Mesmo com desafios no horizonte, a Associação Guajará busca meios de superar os problemas e parcerias para ampliar os trabalhos. Hoje, a instituição é uma das entidades de remo mais jovens do país e mostra que não precisa ser um clube centenário para se destacar no esporte.