A Comissão Técnica da CBR está trabalhando juntamente com os atletas escalados para o Campeonato Sul-Americano Júnior e Sub 23 deste final de semana. O evento acontece entre os dias 25 e 27 de março, na raia da Ilha do Pavão, em Porto Alegre. O Sul-Americano é realizado em parceria da CBR com CSAR, Remosul e Grêmio Náutico União.
Atleta da Seleção durante sessão de alongamento na sede do Grêmio Náutico União De acordo com Letícia Muziol, líder nacional do Projeto Remo4 juntamente com Oguener Tissot, a expectativa para o campeonato é muito boa. "O clima no Campo de Treinamento está fluindo super bem. Os treinadores estão bem envolvidos no processo. Os atletas são dedicados, estão realmente concentrados e compenetrados com a competição. Então está tudo correndo muito bem", comenta Letícia.
A base da Seleção é a mesma que foi ao Sul-Americano do Paraguai no ano passado. A equipe brasileira conquistou o maior número de medalhas entre todas daquela competição.
Meninas Douradas Entre os atletas escalados estão as meninas de ouro do Quatro Sem. Afinal, aquela medalha conquistada durante a última competição do ano passado teve um gosto de quero mais. O barco brasileiro chegou na frente em uma das provas mais duras do Sul-Americano.
"A gente achou que tinha perdido. Quando cruzamos a linha de chegada as chilenas começaram a comemorar. Mas aí o nosso técnico veio gritando: É ouro, É ouro! Não acreditamos. Quando a confirmação veio, nossa! Nem sei explicar! Foi muita felicidade! Rimos e choramos, tudo ao mesmo tempo!", explica Gabriela Bertoglio, do Grêmio Náutico União, sobre o resultado da prova do Quatro Sem Timoneiro Feminino.
Da esquerda para direita: Shaiane Ucker, Maria Fuhrmann, Oguener Tissot, Gabriela Bertoglio e Lara Pizzaro no Sul-Americano de Remo no Paraguai, em 2021 Ganhando dos barcos favoritos do Chile e Paraguai, segundo e terceiro colocados nos Jogos Pan-Americanos da Juventude da Cali em 2021, as quatro atletas brasileiras: Shaiane Ucker, Maria Fuhrmann, Lara Pizarro e Gabriela Bertoglio, chegaram na frente e abriram o último dia das finais com chave de ouro, ou melhor dizendo, medalha!
O barco formado no Projeto Remo4 da Confederação Brasileira de Remo, saiu na frente e remou forte em aguas paraguaias, que para as quatro atletas foi um dos principais adversários durante os dias do Sul Americano. "A raia estava muito marolada, com muito vento, praticamente sem baliza e ainda tinha bancos de areia no meio. Foi bem complicado remar ali, mas no final valeu a pena", comenta Shaiane Ucker, atleta do CR Flamengo que começou no Projeto Remar para o Futuro da Prefeitura de Pelotas.
Outra integrante do quatro sem que começou no mesmo projeto que Shaiane, foi Maria Fuhrmann, a atleta que conquistou seis medalhas de ouro no último CBI de Remo.
DA SALA DE AULA PARA AS RAIAS: Shaianne Ucker e Maria Fuhrmann estudavam juntas na mesma turma quando o Projeto Remar para o Futuro entrou na vida das duas amigas.
Desde então, as atletas que hoje remam pelo CR Flamengo, conquistaram o tri campeonato brasileiro no Dois Sem Timoneiro e no início do ano de 2021 a dupla conquistou a medalha de ouro no sul americano realizado no Rio de Janeiro, também no dois sem.
Técnico e atletas comemorando a vitória no Sul-Americano em Asunción, no Paraguai "Esse ano foi agitado! A medalha do Quatro Sem veio para coroar o ano de 2021. Apesar da raia e das dificuldades, foi muito bom para o remo feminino. Lutamos para colocar a prova no programa e precisamos de mais provas femininas no Sul-Americano", comenta Shaiane.
Maria do Carmo e Shaianne se preparam para mais um capítulo na carreira vitoriosa da dupla. No último ano da categoria Júnior, as duas estreiam na categoria sub 23 em 2022.
AULA DE CANOAGEM: Com um início bem diferente, Gabriela Bertoglio começou no remo seguindo o pai em uma aula experimental que eles pensaram ser canoagem. "Eu enjoei do vôlei, esporte que eu fazia na época, e meu pai me chamou para acompanhar ele em uma aula no Grêmio Náutico União. Ele achava que era de canoagem e eu fui com ele. Quando chegou lá, era remo! O Denis (Araújo), treinador do clube, me inspirou e eu decidi ficar."
Também no último ano de Júnior em 2021, a remadora veterana de Campeonatos Brasileiros, tem o vestibular e o remo na sua lista de prioridades em 2022.
FAMILIA QUE REMA UNIDA: A última atleta que fez parte da conquista do Quatro Sem Timoneiro veio do mais novo clube de Brasília, o Crossrowing. Lara Pizarro vem de uma família de remadores e no ano passado foi campeã estadual de remo junto com a mãe no Double Skiff Feminino Sênior.
"Aqui em casa todo mundo rema. Meu tio Pedro (Pizarro), meu pai, minha mãe, meu irmão mais novo e alguns primos. Todos remam! Mas é no Projeto Remo4 que tenho a oportunidade de remar com outras meninas da minha idade. Isso é muito importante para mim", comenta.
Lara é a remadora mais nova do Quatro Sem e ainda permanece da categoria Júnior em 2022. Foi em Asunción, no Paraguai, que a atleta remou sua primeira prova internacional com as cores da Seleção Brasileira. Que estreia!
Oito Com Garra! Outro destaque durante os dias de competição em Asunción foram os dois Oito Com Timoneiro, masculino e feminino, da Seleção Brasileira. Apesar da prova ser da categoria Sênior, a comissão técnica brasileira decidiu levar atletas das categorias Júnior e Sub 23.
Registro do Oito Com Masculino no pódio do Sul-Americano de Remo 2021 Entre as atletas do barco feminino, que conquistou a medalha de prata durante a competição, está a atleta do Centro Português Ana Julia Ferreira, de 16 anos de idade. A remadora mais jovem da equipe. Com uma estreia pra lá de especial em competições internacionais, Ana Julia afirma que está pronta para mais desafios.
"Treinamos muito e bem focadas no desafio que sabíamos que não seria fácil. Estou muito orgulhosa das minhas conquistas no ano de 2021. Ano que vem eu quero mais!"
Crédito das Imagens: CBR, FEPARE 
