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Conheça Vanessa Cozzi, remadora e presidente da Comissão de Atletas

A presidente da Comissão de Atletas da CBR, a paulista Vanessa Cozzi, começou no remo de forma bem despretensiosa e hoje integra e lidera uma das comissões mais importantes para um remo mais inclusivo e democrático. A atleta, que participou dos Jogos Olímpicos de 2016, conta um pouco da sua trajetória e como planeja contribuir para um remo mais igualitário.

A presidente da Comissão de Atletas, Vanessa Cozzi, com o uniforme da Seleção Brasileira
A presidente da Comissão de Atletas, Vanessa Cozzi, com o uniforme da Seleção Brasileira

Vanessa conta que achou a propaganda para inscrição na Comissão de Atletas no Instagram da CBR no último dia válido para se candidatar. "Eu pensei, isso deve ser um sinal! Eu acho que minha a experiência como atleta de natação e remo pode contribuir para desenvolver o esporte. Por isso, me candidatei e fiquei muito contente quando fui eleita", explica Vanessa.

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O cargo de presidente da Comissão veio através de uma eleição interna entre os 15 atletas eleitos. "Toda decisão da Comissão é feita pela maioria dos votos dos integrantes da mesma, de forma bem democrática. Ser presidente é só um rótulo. Eu, quando represento a Comissão, levo o voto ou a decisão da maioria", explica Vanessa.

Ainda que a eleição tenha ocorrido há pouco tempo atrás, Vanessa conta que pretende realizar, junto com seus companheiros de Comissão, um projeto que desenvolva o esporte em mais estados e que nem tudo fique polarizado em poucos centros de remo no país.

Vanessa comemorando a vitória no Brasileiro de Barcos Curtos em 2019
Vanessa comemorando a vitória no Brasileiro de Barcos Curtos em 2019

Vanessa também explica que qualquer atleta de qualquer região pode entrar em contato com a Comissão quando precisar. "A Comissão vai ouvir e atender qualquer remador que entre em contato. Vamos resolver as demandas da melhor maneira possível", explica.



Trajetória Esportiva

Vanessa Cozzi começou no esporte nadando e achou que sua carreira esportiva competitiva tinha se encerrado quando se aposentou das piscinas. "Eu tinha 22 anos quando parei de nadar e fui fazer ballet, quando o local que eu praticava encerrou as atividades no horário que eu tinha livre, meu namorado na época, hoje meu marido, Renan de Castro, me disse que eu deveria remar para continuar me exercitando", conta a atleta.

O convite do então namorado veio porque ele era remador. Vanessa conta que hoje, olhando para sua trajetória no remo, ela entende que a natação foi necessária para dar preparo físico e experiência para a ela. "Tudo no seu tempo", afirma a remadora.

Mesmo iniciando no esporte mais tarde do que a maioria dos atletas de elite, Vanessa acredita que a experiência trazida da natação foi fundamental para se destacar no cenário nacional do remo rapidamente. A remadora ganhou a primeira seletiva para a seleção brasileira da qual participou e tem se mantido no top do ranking nacional desde então.

Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi em disputa nos Jogos Olímpicos Rio 2016
Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi em disputa nos Jogos Olímpicos Rio 2016

Olimpíadas 2016: O destaque e bons resultados de Vanessa Cozzi foram tantos que ela classificou, junto com Fernanda Nunes, o Double Skiff Peso Leve (LW2x) para os Jogos Olímpicos do Rio em 2016. "Minha família veio toda me ver, meu marido, minha filha, meus pais e meu irmão vieram ao Rio para assistir as provas ao vivo. Foi o meu melhor combustível! Participar do Jogos foi uma emoção que nem consigo descrever. Um sentimento de orgulho enorme de representar meu país em casa!", relembra Vanessa.

A remadora também conta que remar é uma luta diária, pois está longe de sua família, e que se dedica integralmente ao remo desde 2018 quando passou integrar o quadro de atletas da Marinha. Porém, a atleta de São Paulo teve que se mudar para o Rio em busca de continuar no topo do ranking nacional e participar de competições estaduais.

"Muita gente não sabe como é difícil para os atletas estarem longe de suas famílias, é um preço bem caro. Porém, eu faço tudo o que eu poderia fazer pelo remo. Todo o processo tem valor", conclui a remadora.

Crédito das Imagens: Miriam Jeske/CBR,
Satiro Sodré/CBR e Alexandre Loureiro/COB

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