Apesar das dificuldades, o Para-Remo avança no país. Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe já têm projetos em curso, com os quatro primeiros tendo enviado representantes às Paralimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012, enquanto a Federação Paraense e clubes gaúchos e capixabas demonstram interesse em desenvolver a prática.
Com o intuito de avaliar a acessibilidade e conhecer as iniciativas dos clubes, o técnico Guilherme Soares, da Confederação Brasileira de Remo (CBR), visitou vários estados nos últimos meses. “As dificuldades são diversas das que encontramos para o desenvolvimento da modalidade (olímpica)”, explica ele, citando a falta de acessibilidade e de equipamentos apropriados.
“Quando falamos em acessibilidade, tratamos desde a chegada aos clubes, com a falta de passarelas, rampas, banheiros adaptados, até a capacitação dos profissionais para atender o praticante com algum tipo de deficiência. Muitos profissionais entendem bastante de remo, mas desconhecem as particularidades de cada deficiência”, afirma Guilherme, que aponta dificuldades que vão além do esporte, como a mobilidade urbana, em especial o transporte.
Segundo ele, o Brasil tem cerca de 30 atletas, de ambos os sexos, participando efetivamente de campeonatos nacionais e internacionais nas três classes do Para-Remo: AS (para atletas que usam apenas os braços), TA (tronco e braços) e LTA (pernas, tronco e braços). Guilherme destaca os resultados obtidos, como o bronze de Claudia Santos no Mundial da Coréia do Sul, este ano, e o ouro de Luciano Luna na Copa do Mundo na Sérvia, em 2012, entre outros.
O técnico da CBR ressalta os benefícios do Para-Remo para pessoas com deficiência. “Por se tratar de uma modalidade realizada ao ar livre, onde o praticante mantém contato direto com a natureza, o remo aumenta a autoestima, o bem-estar, contribuindo para o ganho de massa e definição muscular, desenvolvendo a capacidade aeróbica, a concentração, o equilíbrio e o espírito de equipe.”
Com o trabalho consolidado em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador, Guilherme visitou clubes de Sergipe, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Pará. Em Aracajú, o Clube de Remo Cotinguiba desenvolve há mais de quatro meses um projeto com três atletas. No Sul, os quatro clubes de Porto Alegre demonstraram interesse em desenvolver a modalidade, mas ainda não iniciaram as atividades. No Espírito Santo, o Caxias já tem algumas iniciativas com atletas paralímpicos, e dispõe de boas condições de acessibilidade.
No Pará, a Federação local também demonstrou interesse em desenvolver a modalidade na região, e conta com algumas iniciativas em parceria com a prefeitura de Belém para iniciar os trabalhos. Já na Bahia, um projeto em parceria com a empresa Vitorinox, fabricante de canivetes, tem 30 participantes e “está evoluindo significativamente, com acessibilidade e materiais adequados”, segundo o técnico da CBR.
“Estamos realizando o fomento e a massificação do Para-Remo através dessas visitas técnicas. Já no primeiro semestre de 2014 realizaremos nos locais interessados cursos de capacitação, tanto na parte técnica, quanto na mobilização para captação de recursos para o desenvolvimento da modalidade através de projetos esportivos, direcionando os clubes e assessorando os responsáveis na formulação e encaminhamento dos projetos”, explica Guilherme Soares.
Segundo ele, o objetivo é “aumentar o número de clubes desenvolvendo a modalidade com polos em cada local, e consequentemente aumentar o número de praticantes e o nível competitivo dos atletas”. A meta é ambiciosa: “Pretendemos medalhar em todas as provas nas Paralimpíadas no Rio em 2016”, afirma.
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