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Oguener Tissot: Ao Mestre com MUITO carinho


Sabe aquele cara que se apaixona à primeira vista e encontra a musa inspiradora de uma vida toda? Sabe aquele cara inquieto e resiliente de energia boa que se dedica totalmente, que inspira e contagia a todos e vive e morre por uma ideia e um ideal? Sabe aquele cara de atitude que ama o que faz e encanta por onde passa?

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Esse era Oguener Tissot, o exército de um homem só, que fez da formação de atletas o seu legado para o remo e deixou diversas gerações de remadores órfãos com a sua partida. Porém, apesar da tristeza e perda profunda, o amor pelo esporte e o exemplo de vida e em vida são os grandes legados desse mestre que fez muito com muito pouco.

Sempre muito inquieto, Oguener já mostrava os traços de liderança e resiliência que se tornariam a marca registrada de seu trabalho e personalidade no remo. Dona Silvia conta que ele era muito questionador e gostava de estar rodeado de pessoas, de seus amigos, que sempre criava uma oportunidade ou um evento para reunir a todos e sempre estava disposto a ajudar quem precisasse.

Amor à primeira vista: A história de Oguener no remo começou quando era guri em Pelotas. Passou por diversas modalidades antes de encontrar o remo no Náutico Gaúcho. A mãe do treinador, Dona Silvia Tissot, lembra que o então menino não tinha idade suficiente quando foi ao clube e teve que esperar alguns anos para ingressar no esporte. "O irmão dele mais velho começou no remo e logo depois parou. O Oguener ficou chateado porque ele queria muito ingressar e não podia devido à pouca idade", ri ao se lembrar do episódio, a mãe do treinador.

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O primeiro traço de resiliência estava ali, na espera de algum tempo para completar 12 anos e começar a remar. Não demorou muito tempo e Oguener já estava saindo para remar com atletas mais jovens que estavam começando na modalidade. Foi o caso de Fabrício Fonseca, que com o tempo se tornou um dos grandes amigos do Treinador. Uma amizade de décadas que acompanhou o desenvolvimento do professor e idealizador do Projeto Remar para o Futuro.

Liderança que vem de casa: Oguener Tissot sempre foi uma pessoa preocupada com os demais à sua volta. Dona Silvia lembra que, muito antes de se envolver com remo, ou esportes, ele sempre estava cercado de amigos da escola, fazendo alguma atividade e, volta e meia, pedia para a mãe fazer nescau para os meninos de rua ou de comunidades mais carentes que apareciam para brincar na rua com ele.

Oguener era uma pessoa que inspirava os outros desde sua infância, fosse na brincadeira ou com o círculo de amigo que sempre era grande, como lembra a mãe dele. "Às vezes era tanta criança e ele pedia para eu fazer sanduíches e nescau e eu pensava: vou ter que comprar uma vaca-leiteira para dar conta", lembra Dona Silvia com muito carinho.

O papel de líder nunca intimidou Oguener que sempre se destacou e influenciou os demais. Muito amigo e preocupado com todas as pessoas, sabiam que poderiam confiar nele. No remo não foi diferente. Após que começou a sair com atletas com menos experiencia que ele para orientar no barco, o então Remador começou a dar aulas no Náutico Gaúcho e foi ali que surgiu a vontade de desenvolver projetos sociais de categorias de base, não só para desenvolver o remo, mas usar a modalidade como ferramenta de transformação social.

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Vigilante Mirim e Remando contra a maré: Antes de idealizar o Remar para o Futuro, mas sempre munido de um sorriso, do chimarrão e um ideal, Oguener Tissot, teve outros dois projetos. O primeiro foi o "Vigilantes Mirins", desenvolvido em parceria com Petrobras, para crianças com problemas familiares e de comunidades carentes. As aulas de remo eram dadas na sede do Náutico Gaúcho e os primeiros alunos de Oguener começaram a aparecer e se destacar.

Os Vigilantes Mirins durou dois anos e logo após o encerramento do convênio com a Petrobras, Oguener iniciou o seu segundo Projeto, o "Remando contra a Mare", em parceria com empresas privadas. O Projeto não durou muito tempo, mas foi ali que ele encontrou a então aluna e mais tarde amiga de longa data Fernanda Schwartz, que com outra atleta do Remando contra a Maré, Taise Mondim, foram as primeiras remadoras de Oguener a conquistar medalhas e se destacar no cenário estadual.

Outro remador que surgiu no mesmo projeto foi Victor Ruzicki, que chegou a competir pela Seleção Brasileira no Pan-Americano de Toronto em 2015, conquistando um honroso quarto lugar no dois sem timoneiro. Campeão brasileiro múltiplas vezes e sul-americano, o remador seria o primeiro nome em uma lista longa de atletas ensinados por Oguener Tissot ao longo dos anos.

Remar Para o Futuro com olho no presente: O Projeto Remando contra a maré não durou muito tempo, e lá estava Oguener Tissot mais uma vez idealizando outro projeto, este seria a menina de seus olhos, conforme a mãe do treinador. Em parceria com a Prefeitura e a Universidade Federal de Pelotas e em nova casa, o Centro Português Primeiro de Dezembro, Oguener iria criar um dos maiores projetos de formação de atletas da atualidade e levar o remo feito no interior do país para ter resultados contra grandes clubes das capitais do Brasil.

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Muito com muito pouco: Munido de um ergômetro e sua paixão pelo esporte. Oguener iria captar seus alunos fazendo palestras em escolas da rede pública e logo de cara iria passar para estes estudantes o seu amor pelo esporte e inspirar os aspirantes a remador o quão o esporte é uma ferramenta eficaz para mudanças de realidades e vidas. "Os olhos dos atletas brilham quando falam dele. Ele é um líder que inspira e contagia as pessoas à sua volta", explica Fernanda Schwartz.

Não só inspira seus alunos, mas toda uma comunidade, já que a garagem de barcos no Centro Português foi construída mediante doações da própria comunidade e empresas locais porque as pessoas acreditavam no trabalho e na liderança de Oguener, como explica Fernanda. "As pessoas se contagiam por ele. Oguener tem uma energia ótima. Todo mundo gosta de ficar perto dele", comenta a atleta master e colaboradora do Remar para o futuro.

Apesar de não ser formado em educação física, Oguener era treinador da World Rowing Nível 2 e ao lado do Professor da Universidade de Pelotas, Fabrico Boscolo, desenvolvia o Projeto Remar para o Futuro, estudando a fisiologia do esporte e grandes treinadores da modalidade e a metodologia de trabalho de cada um. O treinador em pouco tempo virou referência nacional com o Projeto que chegou a formar 70% da seleção brasileira das categorias de base.

Acredita no Processo: Algo de que ninguém duvida é a paixão de Oguener pelo remo, a competência do treinador para ensinar a modalidade para jovens e a resiliência do líder para superar desafios. Tissot acumulava amigos, experiências, alunos e excelentes resultados ao longo dos anos e seus atletas iam cada vez mais se destacando no cenário nacional e internacional, fosse remando ao lado de Tissot nas categorias de base ou em clubes maiores quando completavam 18 anos.

São incontáveis os remadores que iniciam no Projeto. Seis gerações de atletas. Um legado de amor construído em vida até o último minuto vivido. Esse foi o Mestre Oguener Tissot que precisa ser lembrado, celebrado e jamais esquecido por esta comunidade. O exército de um homem só.

Dona Silvia Tissot, Fernanda Schwartz e Fabrício Fonseca perderam o filho, o professor, o amigo e hoje contam a sua história para a nossa comunidade com muito amor e saudade. As famílias que perderam seus filhos na tragédia que terminou com nove vidas, entre elas a do treinador e de mais oito atletas, nossos mais profundos sentimentos.

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Seremos resilientes e apaixonados como Oguener para contar a história incrível do homem e do profissional dedicado, do pai do Miguel, do professor e mestre do Piedro Xavier, Mariana Funari, Maria do Carmo, João Pedro Milgarejo, entre tantos outros remadores tao bem sucedidos na nossa modalidade na atualidade. Oguener Tissot jamais será esquecido com o seu legado gigante deixado e criado em vida.

Ao Professor Fabrício Boscolo, a nossa gratidão por não deixar o legado de Oguener Tissot parar e tomar a frente do Projeto que reergueu o remo em Pelotas e mudou centenas de vidas de jovens atletas da cidade que de fato usaram o remo como uma ferramenta eficaz de mudança social.
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