Dia 19 de outubro é o Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama
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Criado em Quarta, 18 Outubro 2023 17:30
Nesse dia tão especial, temos o privilégio de contar a história de duas mulheres que enfrentaram preconceitos, estigmas e venceram o câncer de mama, porque a doença tem cura!
A primeira delas é a brasileira e gaúcha, foi presidente da RemoSul por dois mandatos, atual diretora do CR Vasco da Gama- RS , remadora master, árbitra de remo e atleta de vôlei, Ana Valesca Hoerlle.
A então jogadora de vôlei e recém formada, Ana Valesca, conheceu o remo através da faculdade de Educação Física e seu primeiro emprego foi no GNU durante os anos 90. Anos depois, em 2011, em resultado de uma mamografia de rotina, descobriu o câncer de mama e aí começou um novo ciclo, uma batalha pela sua própria vida.
"Eu não parei de trabalhar em momento algum, só nos dias de quimio e dois dias após as sessões. Não queria que as pessoas soubessem que estava doente, porque não queria ninguém sentindo pena de mim. Logo no início da quimioterapia achei uma peruca igual ao meu cabelo e segui em frente", relembra Ana.
A dirigente ressalta a importância da mamografia e exames de rotina para a saúde da mulher. "Meu câncer era bem interno, só com o autoexame eu não teria descoberto. Exames anuais são de extrema importância. Se eu não tivesse feito, só teria descoberto muito tempo depois e aí a história poderia ser outra", explica a árbitra.
Ana Valesca passou por sessões de quimioterapia, cirurgia para a retirada o tumor e cinco anos de quimioterapia oral, para prevenção do retorno do câncer de mama. Hoje, Ana esta livre do câncer e segue sua vida bem ativa! Do jeito que ela gosta!
"Eu me lembro que voltei a treinar e competir no momento que a quimio terminou! Tinha um medo danado que a peruca caísse no meio dos jogos, mas eu ia à luta! Eu confesso que durante toda a minha jornada com o tratamento, a única vez que chorei foi quando meu cabelo começou a cair porque você espera que não vá acontecer.", afirma a atleta.
Ana Valesca, enquanto estava a frente da Remosul, realizava todo mês de outubro uma regata para chamar atenção que o câncer de mama tem cura. Quebrando tabus e estigmas de pacientes que sobreviveram a esta doença, a dirigente está em paz com sua história e a conta com a resiliência feminina, sabendo a grande importância da conscientização para a doença.
" No início, as provas eram só femininas e os homens ajudavam, ficando no apoio. Com o tempo, fizemos provas mistas também. Todos competiam de rosa. Durante a regata, fazíamos um evento paralelo. Teve um ano que a palestra foi da Imama, Instituto da Mama do Rio Grande do Sul", conta Ana Valesca.
Para quem está enfrentando a doença agora, a árbitra de remo deixa um conselho: "Não fique sozinha, não se isole. Mantenha seu astral sempre alto, á muito importante não desanimar nunca! Não fique com pena de ti. Coloca sempre uma música quando estiver em casa, não perde a vaidade, tudo passa. Essa fase vai passar também", aconselha a vitoriosa Ana.
Doze anos depois é fato que Ana Valesca venceu o câncer de mama e apesar de ser discreta com sua história, a dirigente sempre faz eventos, seja no remo, no vôlei ou na Secretaria do Estado em que trabalha, para a conscientização que o câncer de mama tem cura e a importância da mamografia para a saúde da mulher. Tem que fazer uma vez por ano!