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Primeiro Camping Nacional do Nebar acontece na Lagoa Rodrigo de Freitas


Atletas de até 17 anos estão reunidos na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, para a realização do primeiro camping do Nebar. São 29 remadores participantes. O grupo foi formado com base no ranking nacional do projeto, formulado com base nos testes realizados durante os CTs estaduais.

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A expectativa deste camping é dar mais um passo na consolidação dos treinamentos das categorias de base, integrar os atletas e a troca de experiências entre as equipes estaduais e nacional do Nebar. A Nutricionista Erika Santinoni e o fisioterapeuta Rafael Jacob estão realizando atendimentos com todos os remadores presentes no Rio de Janeiro.

O primeiro camping de treinamento nacional começou nesta segunda (22) e vai até domigo(28). As atividades físicas, exercícios técnicos e testes no ergômetro estão sendo coordenadas por Roque Zimmerman, líder nacional do Nebar. Os treinadores dos núcleos estaduais também estão presentes para acompanhar os treinamentos.

Dos 29 atletas presentes, cinco foram convidados, isso significa que, apesar de estarem no ranking de atletas convocados, os remadores se inscreveram para participar dos treinamentos no Núcleo. Esses atletas são responsáveis por suas despesas durante o CT. Os demais 24 atletas foram convocados através dos núcleos estaduais e da database que o Nebar possui com os resultados dos testes realizados no início do ano.

A evolução dos remadores presentes, em relação aos seus próprios resultados , é um dos pontos principais deste primeiro encontro. Além de observar o grupo e como os atletas se desenvolvem dentro da equipe composta por remadores de diversas regiões do país.

"Estou um pouco nervoso. Quero classificar e representar bem o meu clube e estado", afirma Samuel dos Santos Guimarães, atleta do São Salvador e único convocado da Bahia.

Outros atletas convocados também são os únicos representantes de seus estados. Como é o caso da remadora mais nova desse Camping, Raissa Souza da Cruz, de apenas 15 anos. A atleta do Náutico Potengy e a única convocada do Rio Grande do Norte.

Tanto na Bahia quanto no Rio Grande do Norte, alguns clubes, mesmo com os núcleos de trabalho em seus estados, ainda não aderiram ao Nebar. O Projeto não é um clube e os remadores filiados não deixam de remar ou ter suas rotinas de treinos realizadas nas sedes das intituições que representam. 

A proposta do Nebar é monitorar e classificar todos os atletas das categorias de base do país e ajudar os treinadores estaduais com ferramentas para que o desenvolvimento dos remadores seja direcionado para o alto rendimento de forma responsável e sustentável. Outro ponto importante do Projeto é a troca de experiências entre treinadores dos clubes de diferentes estados e com a própria equipe nacional do Nebar.

Todos os atletas das categorias de base do Brasil são bem vindos a participar dos testes, mesmo que seus estados não possuam o Núcleo do Projeto, é o caso dos dois remadores do Pará, Ana Gabriela, do Paysandu, e de Moisés Lima da Costa, do Clube do Remo. Os dois remadores foram convocados para este centro de treinamento com base em seus resultados, apesar do Pará ainda não possuir núcleo estadual.

Conforme a presidente da CBR Magali Moreira, o Projeto tem a previsão de ser ampliado nos próximos anos para um monitoramento mais completo das categorias de base, mas o sucesso do Nebar depende da adesão de todos os clubes do país. Os remadores só têm a ganhar com o auxílio de profissionais que formam uma equipe multidisciplinar para orientar e impulsionar o rendimento individualizado de cada participante do Nebar.

Vale salientar que a Seleção Brasileira, das categorias sub-19 e sub 23, vai ser formada por atletas que participam do Nebar. Neste primeiro Camping, os remadores convocados também acompanham os treinamentos do Grupo Nacional que vai ao Mundial da categoria sub-19 desse ano. Os três atletas da Seleção Brasileira treinam na Lagoa Rodrigo de Freitas no CT de Sub-19.

O Mundial da categoria Sub-19 acontece em St. Catharines, Canadá, entre os dias 18 e 25 de agosto. A Seleção Brasileira deve mandar dois barcos representando o país: o double skiff feminino e o single skiff masculino.

Os remadores 80+ do brasileiro Master 2024: Cinco atletas provam que jovialidade e competitividade são para a vida toda


Cinco atletas de estados e histórias diferentes se reuniram nesta última edição do brasileiro de Remo Master, realizado no final do mês de junho na raia olímpica da USP, em São Paulo, para mostrar que vitalidade, persistência e resiliência ficam muito melhores com a idade. Odilon Maia Martins, Robert Schneider, Joel Alves Ribeiro, Essenine Medeiros e José Carlos Araponga formam um grupo de atletas muito especial: "Os remadores de 80 +"

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Os dois atletas mais jovens desse grupo possuem 80 anos. Todos esbanjando boa forma e bom humor e mostrando que para remar só precisa ter vontade! "Já está provado cientificamente que o remo é o melhor esporte para os idosos. Não pretendo parar de remar!", afirma Essenine Medeiros, do Guanabara, que remou sete provas nesse campeonato pelo Corinthians, ganhando todas.

O remador mais experiente do mundo é nosso! Odilon Maia Martins do Aldo Luz remou este brasileiro usando as cores do Corinthians Paulista e competiu no oito com timoneiro e na categoria M no single skiff! Aos 94 anos, o atleta competiu em diversas provas e se prepara para o Mundial Master, previsto para o mês de setembro na Alemanha.

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Sempre homenageado e festejado pela World Rowing nas competições internacionais, Seu Odilon, como é mais conhecido por todos, está acostumado a superar barreiras e estrear as categorias nas regatas. Campeão brasileiro, sul-americano e mundial, múltiplas vezes como Master, o remador não pensa em parar e mostra ótimo humor e competitividade na hora de suas provas.

Sendo o único remador deste Campeonato Brasileiro acima dos 90 anos, a expectativa é que na próxima temporada Seu Odilon quebre mais uma barreira da idade ao abrir a categoria N aos 95 anos! Que energia hein?

Diretamente da Ribeira: Os dois atletas mais experientes após Seu Odilon, acima dos 80 anos, são os baianos Joel Alves Ribeiro, mais conhecido como "Meu Santo", 84 anos, e José Carlos Araponga, 88 anos, remaram juntos na mesma equipe neste brasileiro e no mesmo barco pela primeira vez! Após décadas dedicada ao remo de alto rendimento, os dois atletas foram rivais na juventude e sempre remaram um contra o outro.

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"Passamos uma época em que não nos falávamos. Eu remava pelo Vitória e Zé Carlos pelo Itapagipe. Sempre competimos no skiff e no double e a rivalidade era muito grande. Hoje o ambiente é outro e podemos remar juntos e nos ajudar", relembra Meu Santo.

Os dois remadores dedicaram 20 anos de sua juventude ao remo baiano, ganhando estaduais e Copas Norte Nordete para os seus clubes. Joel parou de remar aos 34 anos e se desligou da modalidade por completo. Aos 60 anos, Meu Santo voltou a treinar. "Eu tinha a maior dificuldade para subir escadas de avião, depois que voltei ao remo isso mudou. Estou melhor hoje do que há 20 anos", comemora o remador.

Jose Carlos Araponga demorou mais um pouco para voltar a remar, mas tem se dedicado aos treinos. O brasileiro na Raia da USP foi a primeira competição de sua carreira de Master, além de ter sido a primeira prova em que competiu ao lado de seu antigo rival e hoje amigo Joel Alves Ribeiro. "O ambiente do Master é outro! Sem briga, de confraternização! Antigamente tinha muita briga", explica Meu Santo.

Competir é preciso: Já os mais jovens desse grupo, Essenine Medeiros e Robert Roy Schneider, remam no Rio de Janeiro e Brasília respectivamente. Os remadores estrearam na faixa dos 80 anos neste brasileiro de São Paulo e com 100% de aproveitamento! Os dois atletas, assim, Seu Odilon, Meu Santo e Araponga, competiram pelo Corinthians, apesar de treinarem no Guanabara e no Minas Brasilia em seus estados.

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Essenine, assim como os dois baianos, também remou na juventude, só que pelo Vasco e chegou a ser campeão carioca na década de 60. Já Robert Schneider só começou a remar em 2013. Bob, como é mais conhecido, começou sua carreira esportiva no ciclismo e chegou a integrar a seleção norte-americana nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972.

Americano de nascimento, Bob veio morar no Brasil devido a seu trabalho no Banco Mundial e, quando se aposentou, resolveu ficar em Brasília. "Todos os meus amigos estão aqui, faz mais sentido ficar no aqui. Além disso, o clima é ótimo. Eu conheci o remo pela primeira vez quando tinha 28 anos e vi alguém no skiff remando em um  lago em Wisconsin. Achei lindo! Pensei: Quando eu me aposentar, eu vou tentar esse esporte. Ai, me mudei para o Brasil. Em 2013, em acidente com a bicicleta, machuquei o pescoço e resolvi que era o momento de colocar o meu plano em prática", explica o atleta.

Campeão Mundial de Remo no single skiff, Robert afirma que esta foi a vitória mais especial e significativa da carreira dele e já faz planos para ir para a próxima competição da World Rowing este ano. Essenine é campeão sul-americano de remo e conta que, apesar das diversas vitórias e medalhas, não existem muitas competições com sua categoria, opinião compartilhada por Bob.

"Não existe competição estadual com a minha categoria. Para remar, eu teria que competir em uma idade muito mais baixa que a minha. Treino todos os dias e acredito que, não importa a idade, o remo tem que ser de excelência. Tudo depende da cor da medalha que você quer", explica Medeiros. Robert compartilha da mesma opinião e gostaria de mais competições em sua categoria de idade ou uma possibilidade de remar contra os mais jovens de uma maneira mais justa. "Poderia se fazer uma contagem de handicap conforme feito em outros países. Somos poucos atletas com 80 anos ou mais, mas ainda queremos competir", explica Bob.

As competições são uma forma desses remadores se manterem motivados em seus treinamentos diários porque, não importa a idade, ninguém gosta de perder! Que a experiência e disposição desses atletas sirvam de inspiração aos mais jovens da modalidade e os nossos cinco atletas mais experientes desse brasileiro continuem remando, ganhando e trazendo vitalidade e leveza ao remo nacional.

Marcos dos Reis Coelho: O Carioca mais pernambucano no remo brasileiro


Com apenas 25 anos, Marcos dos Reis Coelho, mais conhecido como Carioca, sabe enfrentar desafios que vão muito além das raias de remo. O jovem treinador da equipe do Sport Recife conheceu a modalidade por um projeto social que se apresentou em sua escola quando ele era ainda um adolescente. "O Eric Matheus Silva conheceu o esporte da mesma maneira que eu, chegamos a remar no mesmo barco", explica o técnico.

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Hoje, Marcos é o treinador responsável pela classificação do quatro com timoneiro misto PR3 para os Jogos Paralímpicos de Paris na última regata qualificatória que aconteceu em maio na raia Rotsee em Lucerna, Suíça. "Classificar o barco foi a minha melhor experiência no Remo até hoje", afirma Carioca.

A história de Marcos na modalidade começa quando o então adolescente se muda do Rio de Janeiro para Pernambuco. Apesar do apelido Carioca e de ter nascido na capital carioca, carrega um autêntico sotaque pernambucano. Como remador, chegou a ser campeão da Copa Norte Nordeste e Brasileiro. No campeonato nacional, ainda possui uma medalha de bronze. Em 2018, com apenas quatro anos de remo, foi considerado o melhor remador do estado.

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Enquanto remava, Marcos nunca abandonou os estudos. Assim que passou para a faculdade de Educação Física, recebeu o convite da equipe de para-remo do Sport Recife para treinar os atletas. O jovem estudante não pensou duas vezes e aceitou desafio, e começou então a sua transição entre remador e técnico. "Eu acredito que meu primeiro obstáculo à frente da equipe foi fazer os remadores, que treinavam comigo, confiarem em mim, na minha liderança. Até bem pouco tempo, estava competindo no barco com eles", explica Carioca.

O primeiro a ter que passar de colega de barco para atleta foi o próprio Eric Silva, que foi um dos integrantes do quatro com timoneiro classificado para Paris 2024. A guarnição conta com outro atleta pernambucano que começou a remar com Carioca: Gabriel Mendes. O remador tinha parado de remar na época em que Marcos assumiu a equipe do Sport e voltou por convite do treinador.

Quatro com determinação! No ano passado, após ter se tornado campeão brasileiro de para-remo como treinador à frente da equipe do Sport, Marcos foi convidado pela presidente da CBR, Magali Moreira, para ser membro integrante da Comissão Técnica da Confederação e responsável pelo Quatro com Timoneiro Misto PR3. "O maior desafio foi que ninguém de fora acreditava no barco. Fizemos um trabalho, onde eu busquei a confiança dos remadores e a harmonia entre eles. Para mim, como técnico, essa é a minha base para desenvolver o trabalho necessário", afirma Carioca.

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Quem assistiu às provas em Lucerna e à classificação do barco brasileiro entende que a filosofia de Carioca trouxe frutos. São quatro atletas que, juntamente com o treinador, vão para a sua primeira Paralimpíada. O único com experiência nos Jogos é o timoneiro Juscelino Silva, que firma que nunca duvidou da capacidade e da classificação do barco.

Considerado pelos atletas como o quinto integrante do quatro com, Carioca se prepara para o maior desafio de sua carreira até o momento: os Jogos Paralímpicos de Paris! " Eu e os atletas do barco tínhamos uma estratégia para conquistar a qualificação. Agora chegou o momento de treinarmos e explorarmos todo o potencial da equipe e de cada atleta durante os campos de treinamento", afirma o técnico.

O Quatro com Timoneiro PR3 MIsto está treinando na raia olímpica da USP neste momento. A previsão é que estes encontros sejam feitos em duas datas e a segunda vai até bem próxima ao embarque para que os atletas possam treinar juntos e os ajustes finais na guarnição e conjunto do barco sejam realizados. "Vamos surpreender", afirma Marcos.

Ao mestre com carinho: "Quando eu ainda estava remando, eu tive um curto período fora do Sport. Treinei no Náutico Capibaribe com alguns outros atletas. Foi lá que conheci o Juca, que era o treinador do clube na época. Foi com ele que aprendi a amar o remo. Ele é um mestre que jamais vou deixar sair da minha vida. Uso os ensinamentos dados por ele até hoje", conclui Marcos Coelho, treinador da Seleção Brasileira de Para-Remo, classificada para os Jogos de Paris 2024.

Imagens: CBR/Acervo pessoal

Salve o Corinthians! Campeão Brasileiro Master 2024!


Três dias de competição para a realização do principal campeonato da categoria Master promovido pela CBR da temporada 2024! Foram mais de 200 atletas reunidos em São Paulo, na raia olímpica da USP de todo o país. Os estados muito bem representados!

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O Corinthians Paulista foi o grande campeão do evento com o total de 175 medalhas, seguidos pelo Cepeusp com 29 e o Clube Guajará com 28. O Clube de São Paulo teve reforços de peso durante a competição. Como, por exemplo, os atletas paralímpicos, classificados para Paris 2024, Alina Dumas e Juscelino Silva, o Birigui.

A primeira campeã sul-americana na história do remo feminino brasileiro, Ana Helena Pucceti, também competiu pelo Corinthians, assim como o catarinense Odilon Maia Martins, o atleta mais experiente do mundo, no alto dos seus 94 anos! A delegação de Brasília também compareceu, a presidente Lilia Oliveira foi uma das mais "fominhas" do campeonato, remando 19 provas!

Outras duas remadoras de Brasília empataram como as atletas mais competiram neste brasileiro, remando 23 provas cada uma! Carmem Proença e Luciana Bex mostraram que a capital do Brasil está com os treinos em dia! E teve campeão Pan-Americano mostrando que para remar não tem idade! Gilberto Gehardt, da Amares, remou em 8 provas!

Menção mais que honrosa aos atletas do Grémio Náutico União, alguns remando pelo Corinthians, do Rio Grande do Sul que compareceram e competiram na raia da USP dando um show de resiliência e fair-play!

O Campeonato Brasileiro Master se despede da temporada de 2024 e já deixa saudades. Obrigada aos atletas de todo o país por comparecerem. Até o ano que vem!

Mais de sessenta provas realizadas no primeiro dia de Brasileiro Master


Primeiro dia de Campeonato Brasileiro Master acontece nessa sexta (21), na raia da USP! Sessenta e uma provas realizadas em diversas categorias e participação de mais de 200 atletas, que compareceram na capital paulista para participar da competição com o programa mais extenso de provas da temporada! O Corinthians pula na frente do quadro de medalhas, conquistando 49 de ouro!

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O remador mais experiente do mundo mostrou que está inteiro e remou na proa do oito e quatro sem timoneiro do Corinthians Paulista. No alto dos seus 94 anos, Odilon Maia Martins, mostrou que está com os treinos em dia! Hoje, o remador vai competir no double skiff e single skiff masculinos. O atleta foi o primeiro na história a competir na categoria M em mundiais e o único do Brasil nesta faixa etária.

A para-atleta Alina Dumas, classificada para as Paraolimpíadas de Paris 2024 no quatro com timoneiro, também remou pelo Corinthians nesta sexta e ganhou as duas provas em que competiu! Jucelino da Silva, timoneiro e companheiro de Alina de equipe nos Jogos, também participou e ganhou neste primeiro dia de Brasileiro. 

RESULTADO COMPLETO DO PRIMEIRO DIA AQUI!

O Campeão Pan-Americano de Remo no double skiff (2x) ao lado de Mário Franco, Gilberto Gerhardt, remou quatro provas neste primeiro dia de Brasileiro e ainda tem a previsão de competir em mais três até domingo!

Menção especial para as remadoras do Distrito Federal, que competem pelo Corinthians, Luciana Bex, Maria de Lourdes Proença, e Lilia Oliveira, que remaram em oito provas, cada uma sendo as atletas que mais competiram neste primeiro dia de Brasileiro.

O Campeonato Brasileiro Master tem a participação de atletas de estados do Amazonas, Pará, Bahia, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Apesar da maior tragédia ambiental ocorrida no estado ter acontecido recentemente, cinco atletas gaúchos estão presentes na competição.

O Campeonato Brasileiro Master vai até este domingo (23), na raia olímpica da USP, na capital paulista.

Remo meu rumo, o mapa astral, e os 60 cronistas


Quatro amigos e um sonho. Foi assim que o projeto social Remo Meu Rumo começou em julho de 2013. Funcionando na garagem de barcos do antigo Esperia, na raia da USP, em São Paulo, em parceria com o CEPEUSP,  o projeto acumula resultados positivos no desenvolvimento do remo como ferramenta educacional e de desenvolvimento de jovens com necessidades especiais diversas. Colocando essa garotada em contato com o remo, a canoagem e a natação.

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São mais de dez anos de história desde sua fundação. O casal Patricia Moreno e Ricardo Macea viram na Sinastria do Amor, um tipo de mapa astral, que deveriam fundar um projeto social e, unidos com os remadores veteranos Candido Leonelli e Ana Helena Puccetti deram início ao Instituto Remo meu Rumo. Para comemorar uma década de serviços prestados à sociedade e ao remo brasileiro, o projeto lança este ano um livro de cronicas chamado "Remando Rumo ao Futuro" e um documentário que será gravado durante a 21ª Flip em Parati.

O livro conta com cronistas de peso como Lars Grael, Mara Gabrilli, Amyr Klink e muitos médicos e professores da USP, contendo cadernos de fotografias e mais de 370 páginas. O lançamento está previsto para ser em São Paulo e Rio de Janeiro, na Livraria Travessa, e será produzido pela editora Labrador. De acordo com Ricardo, o livro é sobre inclusão, amor, esporte, saúde e vai servir de ferramenta para dialogar com o mercado. Conceitos os quais são o coração do trabalho desenvolvido pelo instituto há mais de uma década.

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Estava escrito nas estrelas: A história do Remo meu Rumo começou na raia olímpica da USP com pacientes, em sua maioria crianças, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, onde atua a Dra, Patricia Moreno. Movida por amor e superação, a equipe do Instituto encontrou no remo e na canoagem a possibilidade de reabilitar crianças e adolescentes com deficiência física que passam por tratamento. Os resultados se tornaram visíveis: melhora do desenvolvimento físico, emocional e social.

Os quatro amigos viram no Instituto uma ferramenta eficaz de mudança na vida de crianças e adolescentes. Ricardo Macea, administrador por formação e executivo, se especializou no terceiro setor e começou a desenhar a fundação e base de trabalho do Instituto, com a mentoria de Candido Leonelli e muitos outros voluntários. Patricia Moreno  é médica ortopedista pediátrica  e sabe da importância do esporte como ferramenta de recuperação e desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Candido Leonelli, remador desde 1968, e Ana Helena Puccetti, primeira campeã sul-americana do Brasil ao lado de Patricia Moreno, Renata Görgen e Claudia Alencar em 1997, somam conhecimento, disciplina e  valores importantes para os alicerces do Instituto Remo Meu Rumo.

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O Rumo do Remo: O Instituto foi fundado e começou a funcionar com o financiamento pela LIE - Lei de Incentivo ao Esporte, que fomenta o esporte via doações de empresas. O Remo meu Rumo, hoje, se tornou referência e Ricardo segue trabalhando incansavelmente, buscando apoio de profissionais de diversas áreas, parcerias com empresas e a excelência no atendimento a jovens que chegam encaminhados da rede pública e particular.

Hoje, o Remo Meu Rumo soma mais de 800 crianças atendidas e possui aulas de canoagem e remo. Contando com professores especializados nas modalidades, como Daniela Alvarez na canoagem e Cesar Moreira, no remo, que é o treinador da Selecao Brasileira de PR1 masculina e de Renê Pereira, nosso medalhista de bonze em Tóquio 2020. Além de uma equipe completa multidisciplinar formada por psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. As instalações do Instituto, além de barcos e equipamentos de segurança para as crianças irem treinar na raia da USP, contam com ergômetros e uma academia montada para a parte de cardio dos alunos.

Desta maneira, a equipe do Remo Meu Rumo atende e ajuda crianças e adolescentes entre seis e 22 anos, mostrando todo o potencial destes jovens para conquistar novos horizontes. Ricardo afirma que o Instituto é mais sobre rumo, que o remo é uma ferramenta educacional em todo o processo. "Nós não damos alta! As crianças entram no projeto e ficam até quando elas se sentem preparadas para novos desafios e encontram força para prosseguirem em suas vidas. O Remo meu Rumo é sobre amor".

“O Instituto Remo Meu Rumo me mostrou o verdadeiro significado da palavra viver. Comecei ver a vida de outro modo. Os amigos e a família me dão cada vez mais incentivo para continuar remando e ter forças para continuar lutando para vencer", afirma um dos alunos do Instituto, Samuel Palhares Santana.

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Remo meu MUNDO: O Instituto funciona em sete períodos na semana, em duas turmas: às segundas, terças e quintas-feiras e nas manhãs de sábado. Das 800 crianças atendidas nestes 11 anos, Ricardo explica que 20% deles são típicos e 80% atípicos e que mais da metade vem da rede pública de saúde.

As aulas não são sobre direcionar as crianças para o alto rendimento ou apenas ensinar a remar. O Remo meu Rumo busca desenvolver os alunos para que estes adquirirem uma confiança mental e física. Buscarem novos horizontes e saber que podem mais e sonhar com mais. "Meu filho de seis anos acha que o Instituto é uma escola", explica Ricardo.

O Remo não é o fim, mas o meio utilizado para que estes jovens tenham um direcionamento e acolhimento, que possam se desenvolver em um ambiente livre de estigmas e que possam adquirir confiança em si, na liberdade e ambiente saudável e seguro que o esporte proporciona.

“Acho o remo superlegal, ajudou a melhorar meu condicionamento físico e fazer novos amigos. Quero melhorar minhas pernas, estudar bastante, fazer faculdade e ser bem feliz com o que escolher", afirma Felipe Orfão Parlato, atleta do Remo meu Rumo.

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Remando para o Futuro: Nesses mais de 10 anos de história e legado de amor, O Instituto Remo Meu Rumo vai lançar um livro e gravar um documentário este ano! Com data prevista para o dia oito de agosto em São Paulo na Livraria Travessa, e uma semana depois, o lançamento será no Rio de Janeiro.

Em mais um projeto do Instituto Remo meu Rumo, o livro fala sobre experiências, amor, Remo no Mundo e o Rumo que o esporte pode dar para vidas. "O Remando para o Futuro" traz depoimentos de oito alunos, três mães atendidas pelo Instituto e cronistas com nomes de peso dentro do esporte.

São 60 cronicas reunidas e muitas fotos para contar a trajetória do projeto e sobre o esporte como ferramenta educacional e de transformação. O livro também vai estar presente na Bienal do Livro em São Paulo e na Flip, em Parati, onde parte do documentário, que conta a história do Remo meu Rumo,  será gravado pelo cineasta Guilherme Merlino.

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O remo no rumo certo: O Instituto Remo meu Rumo foi criado por quatro atletas apaixonados pela modalidade e por pessoas. Criando um legado de amor, transformação e educação através do esporte! Que o Projeto guie, por mais tantas outras décadas, mais crianças e adolescentes no caminho certo de autodescoberta e fortalecimento de corpo e mente!
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