Ranking Histórico
Remo Paralímpico: Para-Remo nos mundiais da World Rowing
A modalidade do Para-Remo teve sua primeira prova em Mundiais da World Rowing em 2002, em Sevilha. Foi apresentado como modalidade paralímpica apenas em 2005 e estreou em Jogos Paralímpicos em 2008, na edição de Pequim. As paraolimpíadas foram pela primeira vez disputadas em 1960, em Roma.
Desde então, o Para-Remo vem trazendo mais adeptos e aumentando seu movimento em todo o mundo. Prova disso é a estreia de mais uma prova nos Jogos Olímpicos de Paris 2024: o double skiff PR3 misto, prova na qual somos Bi-campeões mundiais.
Em 2002, o Para-Remo era conhecido como Adaptável e suas classes esportivas tinham nomenclaturas diferentes, mas sempre foram três, hoje denominadas PR1, PR2 e PR3. O PR significa Para Rowing ou Para-Remo. A classe PR1 é onde a capacidade de remar do atleta é mais afetada pela mobilidade remanescente do mesmo e a classe PR3 onde é a menos afetada.
São nove tipos de barco no programa de Para-Remo, cinco deles também fazem parte do programa paralímpico: PR1 1XW, PR1 1XM, PR2 2XMIX, PR3 4+MIX E PR3 2X MIX. Em 2017, após as olimpíadas do Rio de Janeiro, a distância das provas mudou de 1000 metros para 2000 metros, o mesmo percurso do remo olímpico.
A Seleção Brasileira estreou em Campeonatos Mundiais da World Rowing em 2006. A primeira medalha veio em 2007, na Alemanha. Claudia Cicero conquistou a primeira medalha internacional de sua carreira no lugar mais alto do pódio no PR1 1xW, e não foi a única remadora brasileira! Josiane Lima, ao lado de Lucas Pagani, também levou a medalha de ouro no 2xPR2Mix.
As duas remadoras brasileiras ainda somam mais duas medalhas em Mundiais e algumas medalhas em Copas do Mundo. Josiane Lima trocou de parceiros de barco algumas vezes durante a sua trajetória. Em 2009, Josi como é mais conhecida, subiria ao pódio por uma segunda vez em Mundiais, ao lado de Elton Santana, conquistando a segunda medalha de prata de sua carreira. Vale salientar que esta guarnição seria medalha de bronze, no ano anterior, das Paraolimpíadas de Pequim.
Claudinha, como é mais conhecida, conquistou a sua segunda medalha mundial, um ano mais tarde, em 2010, na Nova Zelândia, levando o nome do Brasil mais alto e trazendo para casa a medalha de prata. As trajetórias das duas atletas se confundem como a própria história do para-remo brasileiro.
As garotas super poderosas: As duas remadoras brasileiras, Josi e Claudinha, são as primeiras a conquistar três medalhas em mundiais da World Rowing, anos mais tarde outra mulher, mas da categoria PR3 iria se juntar a este grupo seleto: Diana Barcelos, subindo ao pódio no PR3 2xMix.
Claudia Cicero foi a primeira a conquistar a sua terceira medalha, desta vez de bronze, no mundial da Coreia do Sul em 2013 e Josiane Lima um ano mais tarde, em 2014, também chegando ao terceiro lugar, desta vez ao lado de Michel Pessanha. Diana Barcelos se junta a Claudinha como as duas únicas bi-campeãs mundiais do Para-Remo Brasileiro.
Diana Barcelos começou sua carreira no Para-Remo mais tarde. Ao lado de Jairo Klug, se tornou bi-campeã mundial do double skiff PR3 misto em 2017 e 2018. Em 2022, subiu ao pódio na mesma prova, conquistando a medalha de prata, mas desta vez fazendo dupla com Valdeni da Silva Junior. O trio esteve junto no mesmo barco nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com Ana Madruga e Jucelino Silva (T) no quatro com timoneiro PR3.
O maior barco do Para-Remo, o quatro com timoneiro PR3, ainda não teve sua estreia em pódios dos mundiais. A melhor colocação brasileira na prova foi a medalha de prata na I Copa do Mundo de 2012 com a formação: Luciano Pires, André Dutra, Norma Moura, Regiane Silva e Mauricio de Abreu Carlos (T). Já o single skiff PR1 masculino teve sua estreia no pódio em Paraolimpíadas em 2020, com Rene Pereira, levando a medalha de bronze.
O barco PR1M ainda não subiu ao pódio em mundiais e, assim como o quatro com, teve seu melhor resultado em competições da World Rowing na I Copa do Mundo, em 2012, realizada na Sérvia e Montenegro, com o remador Luciano Luna, trazendo para casa a medalha de ouro.